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Prof. Felipe  Zanatta

Geografia - 7º ano

O presente trabalho das alunas Beatriz Montefusco e Maria Clara Brandão resulta dos estudos realizados sobre a população brasileira na disciplina Geografia, no 7º ano do ensino Fundamental II.

Neste trabalho, buscamos explorar o imaginário das alunas e alunos criando situações que explicam não apenas a rica diversidade da população brasileira, mas suas origens e suas diferenças, as quais nos transformam não apenas em uma das nações mais diversificadas culturalmente, mas também das mais desiguais, reflexo de como cada uma das matrizes do nosso povo foi e é tratada ao longo de nossa história. Como o passado insiste no tempo e

espacializa o abismo da divisão social atual.

Partindo deste pressuposto, as alunas criaram três histórias diferentes, tendo como protagonistas mulheres indígena, africana e portuguesa.

Paraguaçu Caiapó é uma nativa, que da noite para o dia vê seu mundo destruído.

Como seus familiares e companheiros de tribo, Praguaçu se viu sozinha e forçada a ser quem não era, para dedicar sua vida à vontade de outros: os brancos. Forçada a mudar sua rotina e a esquecer seu passado e sua cultura, a jovem busca manter suas origens nos detalhes, que no ato de resistir, reconstrói sua raiz frente a todo apagamento que lhe recai cotidianamente.

Ayo e Narcisa são estrangeiras, ambas vieram de outros cantos do mundo, e, ao se encontrarem no Brasil, se dividiram em camadas diferentes da sociedade. Ayo, filha da África, veio como escrava, destino imposto desde sua infância. Narcisa, filha da Europa, veio como colona, prometida a dominar as outras etnias.

Ambas em sua infância, transbordam de inocência. Ayo, a pequena escrava, ao se deparar com um quarto de bonecas, mesmo tocada pelo profundo medo das consequências, avança sobre seus desejos de ser criança e querer brincar. Ao mesmo tempo em que Narcisa, a dona do quarto, neste mesmo desejo de infância, gostaria da companhia na brincadeira. No entanto, separadas não por sua cultura, não por suas vontades, mas pela diferença com que cada etnia foi e é tratada neste país, contrariam o que lhes fora imposto e encontram um caminhar diferente, escondido, do criar um mundo novo, em que pudessem ser amigas.

Que na resistência de Paraguaçu, Ayo e Narcisa se encontre uma outra geografia para todos nós.

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